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O invísivel sempre estará visível. PART 1

Posted by Daniela Melo on 16:07 in
Sempre achei que histórias fantasiosas e invenções contradiciosas eram mentiras, até então eu não acreditava, porém de uns meses pra cá minha opinião foi se transformando em fatos reais.
Nunca pensei em como iria ser quando eu perdesse alguém que eu amasse, pois nunca havia perdido ninguém, mas tudo começou a mudar.


Sexta-feira dia vinte e cinco de dois mil e quinze.
Um dia muito quente com 45º graus, muito quente na verdade. Minha vó dizia que na época dela o tempo era bem mais calmo e relaxante, as épocas não eram confusas como hoje em dia em que nem sabemos que dia vai ser primavera ou que dia vai ser o outono, isso me fez lembrar em como seria, e sempre me pergunto "como que era a neve?" porque hoje em dia não há mais neve,apenas água que sobraram das geleiras e ela me contou que havia muitos bichos e muito verde. Bem que eu queria ter conhecido isso, pois só vejo ar seco, poluição e pessoas ignorantes reclamando do própio mal que causaram e botando culpa um nos outros sendo que a culpa é de todos nós, sem exceção, é claro.
Caminhei com minha máscara - teríamos que nos proteger de um poluente novo que gerou nesses últimos anos, por causa da morte dos ursos polares e esse poluente passou pelo meu país - pelas ruas, como sempre pra comprar água pros meus pais - 500ml de água custava na época de minha vó um real; hoje em dia custa quarenta reais, e é muito caro, agora só rico consegue sobreviver e a mortalidade no globo terrestre está aumentando a cada dez dias - e fiquei muito triste lembrando de minha irmã que morreu por causa da falta de água. Chegando em casa me deparei com minha mãe aos braços de meu pai chorando e querendo se matar. Corri ao encontro deles e entreguei-lhes a garrafinha de água. Minha mãe logo puxou de minhas mãos a garrafa e a bebeu toda sem sobrar ao meu pai.
- Tudo bem mãe se você a tomou toda. Eu trabalho mais e compro outro garrafa a meu pai- disse enxugando-lhe as lágrimas.
- Você é uma ótima filha, querida. Não precise fazer isso.
- Preciso sim papai, a situação está muito perigosa. Aliás, eu tenho que comprar os seus remédios respiratórios.
- Muito obrigado querida. Te agradeço muito pelo que está fazendo por nós e seremos muito agradecidos. Filha, preciso lhe entregar uma coisa- enxugando suas lágrimas, papai tirou do bolso um tipo de objeto brilhante da cor verde fuscante, com três pedras pretas e uma parte de metal - aqui está. É um amuleto muito importante filha. Foi passado de geração em geração da nossa família. Vale muita coisa, eu sei, mas eu quero que você nunca o venda, pois você usará-lo na hora certa. Tenha certeza disso- entregou-o na minha mão e mandou eu guardá-lo comigo, em qualquer lugar que eu vá.
- Sim senhor papai. Vou guardá-lo até a hora que eu precisar. E a mamãe porque não está falando nada?
- Ela está num sono profundo. Depois de 2 dias sem beber água, graças a você ela conseguiu saciar a sede, agora está descançando. Você sabe que ela tem as crenças dela né filha?
- Sei disso perfeitamente papai. - na hora fiquei pensando em tudo que já aconteceu em casa e com mamãe por causa de suas crenças e sua religião. Senti um arrepio na espinha só de lembrar.
Mamãe era uma pessoa sadomasoquista. Ela era muito estranha em sua infância. Se cortava e arrancava seus própios cabelos com suas mãos, e batia em qualquer pessoa que via pela frente. Vovó não sabia o que fazer então a fez com que isse a um centro espiritual. Lá ela aprendeu suas crenças e as vezes tem até previsões e sempre fala no dia em que vai morrer. O dia que ela sempre fala é dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, cujo isso será na semana que vem. Não sei porque estou tão aflita e mechida com isso mas sempre quando lembro que essa data é semana que vem eu acabo desmaiando. Isso ta me deixando com muito medo e desesperada. Peguei minha caneta e comecei a rabiscar o caderno e a pensar, nem fazia idéia do que estava escrevendo mas, veio essa palavra na folha "EXEXKL321", nem liguei muito na hora, mas quando fui olhar pra trás vi na mesa de minha mãe, uns riscos e toda rabiscada com a mesma palavra que havia escrito em meu caderno. Joguei-o no chão e comecei a passar mal, não sabia o que estava acontecendo. Corri pro quarto e me escondi pra debaixo de minha cama[...]

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